A Lenda da princesa e do pastor no reino das Sete Cidades é uma das mais conhecidas lendas da ilha de São Miguel, nos Açores.

Há muitos séculos atrás, existia no Oceano Atlântico uma ilha magica, a ilha dos sete reinos, ou sete cidades. Os Reis desta terra encantada tinham uma linda filha que não gostava de se sentir presa entre as muralhas do castelo e saía todos os dias para os campos admirando o verde e as flores, o canto dos pássaros, o mar no horizonte. Passeava-se pelas aldeias, pelos montes e pelos vales.

Um dia durante um dos seus passeios pelos campos, ouviu uma linda melodia ao som de uma flauta e atraída pelo som, encontrou um belo pastor, filho de gente simples do campo que vinha do trabalho com os seus rebanhos. Conversaram quase toda uma tarde das coisas da vida, e viram que gostavam das mesmas coisas. Dessa conversa demorada veio a nascer o amor e passaram a encontrar-se todos os dias, jurando amores.

No entanto a princesa já com o destino traçado pelos seus pais, tinha o casamento marcado com um príncipe de um reino vizinho e quando o seu pai soube desses encontros com o pastor, tratou de os proibir, mas vendo que a princesa nutria um verdadeiro amor pelo pastor, concedeu um encontro derradeiro para a despedida.

Quando os dois apaixonados se encontraram pela última vez, choraram tanto que junto aos seus pés aos poucos foram crescendo duas lagoas. Uma das lagoas, com águas de cor azul, nasceu das lágrimas derramadas pelos olhos azuis da princesa. A outras, de cor verde, nasceu das lágrimas derramadas dos olhos verdes do belo pastor.

Reza a lenda, que se os dois apaixonados não puderam viver juntos, as lagoas nascidas das suas lágrimas, ficaram juntas para sempre e ainda hoje em dia, pode se admirar a cor verde e azul em dias de sol radiante.